Semana 65

BEVERLEY KNIGHT - Black Butta (Cássio "te vejo na 66" Pacetta)

Amigos,

Nesta semana assisti a diversos documentários sobre a vida de John Lennon e descobri detalhes interessantes. Na última quarta-feira seu assassinato completou 30 anos.

Pensei muito em enviar um som dele, mas seria muito óbvio e esta definitivamente não era uma de suas características.

Portanto, mudando de pato pra ganso, envio-lhes o som de uma senhorita que canta muito...

Abraço a todos.

P.S.: O papai noel vai vir, mas e a porra do churrasco??????

 

ROD STEWART & THE FACES - Fly in the Ointment / Every Picture Tells a Story (Afonso “a  vida é um cubo mágico nas mãos de um Deus daltônico” Ellero)  
Lesada gente do rock... 

Numa semana em que o Major Tom nos proporcionou uma avalanche sonora, nada poderia ser melhor de que uma sexta feira à base de Chopp de vinho gelado, descanso garantido, 13º na conta e o bom e velho rock & roll na vitrola. 
Essa semana ouvi um CD que há tempos eu havia gravado, mas ainda não havia dado um "play". Pena não ter ouvido antes porque gostei bastante da energia.
Trata se de uma gravação ao vivo (meu gênero preferido) em Detroit de uma banda meia boca que lançou para o estrelato um tal de Rod Stewart.

Rock & roll na sua mais perfeita concepção!

QUEENS OF THE STONE AGE - The Lost Art of Keeping a Secret (Mateus)

Boa noite, Amigos!!
O som que eu envio é de uma banda que já passou pelo MDS, e agrada pelo menos uns 3 membros do grupo: Queens of The Stone Age (ou QOTSA).
Como já comentei, não gostava das músicas desta banda, até que assisti o SWU (pela Multishow), e vi aquela apresentação monstruosa, que começou com as 2 primeiras músicas apresentadas em preto e branco (por exigência da banda). Pra mim esse detalhe deu um clima simplório e pesado, que acabou me fazendo prestar mais atenção nos detalhes de cada música. Quase hipnotizado, subi o som, até que minha esposa me chamou de "surdo". Fingi que não ouvi (afinal eu estava surdo), ela riu um pouco, e foi dormir com a porta fechada. Aproveitei abri outra latinha, peguei mais amendoim, subi o som um pouco mais, e assisti até o final.
Detalhe sórdido: semana passada, numa consulta de rotina, descobri que estou perdendo audição, de verdade.
Só pra não peder o costume, as curiosidades:

- Josh Homme (vocal/guitarra) e Joey Castillo (bateria) participaram de um projeto chamado Desert Sessions, com a inglesa PJ Harvey (esteve na última 2ª Sem Lei - Beto), onde começaram todo o experimentalismo que mostram agora.
- Dean Fertita (teclados) participa da banda The Raconteurs (mandei na 6ª passada), com Jack White (The White Stripes)
- Josh Homme também foi guitarrista da banda grunge de Seattle, Screaming Trees, lembram dessa???
- O disco 3º disco (Songs For The Deaf) teve como baterista oficial (gravação e turnê) Dave Grohl (ex-Nirvana, atual Foo Fighters).
Minha música é "The Lost Art of Keeping a Secret" (do disco Songs for The Deaf - Músicas para o Surdo)
Acho que é isso...

Abraços,

GHOST -  Ritual (Beto "imerso em listas" Bian)

MDS-Men...

Final de ano, por si só, já é uma época legal. Pra quem, como eu, gosta de música e listas então, é um prato cheio. Em todo o lugar é um tal de publicação de "best of" que não dá pra acompanhar. Confesso que fico meio doido com tanta coisa que ouço neste período.

No último final de semana vi a lista da metálica "Decibel", magazine americana que trata de 'música extrema', entenda-se, metal. Da pesadíssima lista de 40 discos, baixei exatamente, pasmem, 38!!! E os outros dois ouvi via myspace. É claro que não tive tempo para ouvir digamos, criticamente, todos os discos mas confesso que muita coisa me chamou a atenção.

Dentre muita (mas muita mesmo) podreira extrema como vocal ininteligível encontrei vários oásis, mas uma especificamente me chamou a atenção. Trata-se de uma banda sueca que faz, segundo eles próprios, black metal. A se tratar pela temática de suas letras e o visual apresentado realmente somos remetidos à esta vertente, inclusive ao vivo o vocalista faz sua performance vestido de uma espécie de sacerdote. Risível até. Mas o som... 

Lembrei muito de bandas antigas de heavy-rock, inclusive minha MDS65 parece ter um "q" de Blue Oyster Cult, ou do pouco que conheço deles. De qualquer forma, gostei e recomendo aos amantes de rock pesado, lento, com boas, trabalhadas e simples guitarras...

http://www.myspace.com/thebandghost 

Até...

AT THE DRIVE IN - One Army Scissor (Major Tom)

Quando o corpo inerte entrou na água

Automaticamente, como que, recobrou os sentidos

As vozes, a música, o mundo

Diminuíram o volume, quase zero

A temperatura do corpo diminuiu também

O fundo da piscina era verde

Com detalhes em forma de losango

Parecia a capa de um vinil

Que conhecia... Década de setenta

Embaixo d’água, lembrou da infância

Quando brincava no rio

Lembrou de desenhos animados

Príncipe Namor, aventuras submarinas

Flipper, Moby Dick

Sentiu saudade

Pode imaginar até o cheiro

Da única vez que foi à praia

Das ondas, sua mão gritando :

- Saia do fundo meu filho... Sai do fundo meu filho

Sai ... Sai daí ... Saia já  seu imbecil. . . Tira ele daí !!!...

 

Nesse instante sentiu um braço

Ao redor do pescoço

E subiu rápido

Puxado com força

 

Na beira da piscina

Seus amigos começaram a rir

O mais bêbado falou :

- Eu falei que não ia dar certo

Cachaça de banana com saquê,

É uma mistura letal...  

 

RADIOHEAD - My Iron Lung (Vinícius)

E aí como vão?

Nessa semana eu escolhi a música "My iron lung" do Radiohead.

Comecei a ouvir novamente o disco "The Bends" de 1995, onde tem esta música, e acredito que eles representam uma mudança no mercado musical a qual afeta e é movimentada financeiramente por todos nós de uns dez anos atrás até hoje, com o marco que foi o lançamento do disco "In Rainbows" pela internet, com o preço proposto pelo público que fazia downloads gratuitos por um tempo determinado.

A mudança no mercado musical foi muito simples: o cd se tornou obsoleto.

Pensando friamente pode se dizer que é algo comum, por fazer parte do desenvolvimento técnológico.

No entanto, a tecnologia se desenvolveu no sentido de trocas de arquivos em formato mp3 pela internet, eliminando o meio físico de venda de música, logo eliminando: plástico, alumínio, tinta e papel, que no fim das contas pagariam a produção de um disco de uma banda como o Radiohead.

Alguns anos atras o Norte do hemisfério passou pela crise do Napster, que até o Metallica entrou na discussão sobre o que fazer. Não sei se eles conseguiram chegar em alguma solução para a música não perder completamente seu valor, mas acredito que as coisas se encaminharam por rumos muito diferentes. 

Hoje, o cd ficou muito mais barato com o SMD (um cd comum com apenas uma lâmina prateada, menos durável), o download gratuito de músicas é até oferecido pelas bandas, e as vendas de cds comuns ainda existem, embora bem menores.

Por isso acredito que o músico de hoje deve sim atirar para todos os lados, tocando cada vez mais e assim sobrevivendo ao capitalismo selvagem, com sua arte tão anarquista.

Abraços,