NEM SÓ DE ROCK VIVE O HOMEM
Por Tony "ai que saudade do lança perfume" Kleeberg
Engraçado como a música sempre faz parte de nossas vidas, não só ajuda a compor nossos momentos, como também nossa personalidade; e em alguns casos, nos ajuda financeiramente também!
Minha aventura com a música (desde o que eu me lembro, é claro) começou quando eu tinha 15 anos, nessa época, ano de 1978, eu, para poder entrar nos bailes de carnaval no Irapuã, pegava "carona" com um dos músicos da banda, muito amigo meu até hoje, o Luis Amaral (trompetista) e entrava no clube junto com ele, por dois motivos: 1º eu não tinha grana para pagar a entrada, 2º com essa idade éra proíbido entrar no baile. e para pagar o favor, eu tinha que ficar enchendo bichigas, umas só com ar, outras com água ou farinha para as brincadeiras que eles aprontavam no palco, nessa fase, além de entrar de graça no baile, eu também podia comer e beber de graça com os caras,essa banda éra o MUSICAL TAPE. Aos 16 anos, eu passei trampar como cacique na banda (cacique para quem nao sabe, éra o nome dado aos carinhas que ralavam montado toda a parafernália) e não éra fácil não, pois na época, a banda tava no auge, tinham um caminhão, um ônibus e 4mil quilos de equipamento e nosso trampo éra transportar tudo isso para dentro dos clubes, monta-los (eu éra responsável pela parte de iluminação), depois carregávamos tudo no caminhão de novo e já partiamos direto para outra cidade. O MUSICAL TAPE ficou muito famoso em Amparo pelos bailes de carnaval que realizava no Irapuã, e pelas noites de Revellion no clube 8, quando acabava esse baile,as 5h da manhã, montavamos os instrumentos em cima de um caminhão e saíamos tocando pelas ruas, parando na porta das casas, éra comum nos darem prendas como champgnes, vinhos, panetones, doces e tudo mais, e terminavamos sempre no azilo, onde tocavamos para os velhinhos e deichavamos lá todas as prendas arrecadadas, menos as bebidas, das quais nós nos encharcavamos ainda mais. Na região, ficou famosa a banda pelos bailinhos méla rego que produzia com muita competência.
Bom, trabalhar numa banda éra tudo que um bicho grilo como eu, na época queria, pois o trampo rolava geralmente de quinta a domingo, com rango e bebida de graça, curtia todos os bailes aonde a banda ia, vivia azarando umas gatinhas por toda região, e ainda por cima, rolava uma maconha desgraçada nas viagens.
Um cara que conheci quando trampei lá e sempre foi meu chapa (hoje que Deus o tenha) foi o Tuta, quem o conheceu também, com certeza pode confirmar, o cara era amigo, mas amigo mesmo...
Vocês devem estar perguntando aonde é que vai entrar o rock'n roll nessa história, não é...como nos trampávamos só nos fins de semana, eu passava enfiado na casa de meu primo Betão Michelazzo (que também trampou conosco na banda) toda 2ª 3ª e 4ª feiras, adivinha fazendo o quê? Sintam a paranóia, além de fumar uns baseados, nós vira e mexe, tomavamos chá de cogumelo e nos trancavámos no quarto, ficavamos sentados dentro de uma pirâmide, um de cada vez, pois não cabia dois, e colocava pra rolar, os bolachões que pegavamos escondidos de seu irmão mais velho, o Gilmar Michelazzo (que Deus o tenha também). Foi aí que eu comecei a curtir rock definitivamente, escutavamos KRAFTWERK, SUPERTRAMP, TED NUGGENT, PETER FRAMPTON, BLACK SABBATH, EMERSON LAKE AND PALMER, GENESIS, BLUE OYSTER COLT (que o sejão gosta tanto) e muito mais, a propósito, vou começar a mandar uns sons dessa época!
Trampei lá por dois anos aproximadamente, saí para ir servir o exército em Campinas, voltei, e aí comecei a peregrinação atráz de shows de rock pela região, época do Made in Brasil, época que fui hippie, mas isso não durou muito não, pois o que eu gostava mesmo de fazer sempre foi desenhar, e passei a trampar como letrista, que sou até hoje, e graças a esse contato que tive com músicos, com clubes (principalmente o Irapuã) misturados com essa gosto de desenhar, eu tive a aportunidade de decorar o clube Irapuã para o carnaval pela primeira vez, no ano de 1988 (para os nostálgicos, foi o Carnaval Brilhante 88), com esse, foram no total 13 carnavais dos quais eu tive a oportunidade de decorar, tá vendo, indiretamente olha a música aí, sempre fazendo parte da minha vida, ou seja, alguns ritmos musicais me dando lucro, outros me dando prazer, mas sempre deixando marcas e histórias para contar...
Minha aventura com a música (desde o que eu me lembro, é claro) começou quando eu tinha 15 anos, nessa época, ano de 1978, eu, para poder entrar nos bailes de carnaval no Irapuã, pegava "carona" com um dos músicos da banda, muito amigo meu até hoje, o Luis Amaral (trompetista) e entrava no clube junto com ele, por dois motivos: 1º eu não tinha grana para pagar a entrada, 2º com essa idade éra proíbido entrar no baile. e para pagar o favor, eu tinha que ficar enchendo bichigas, umas só com ar, outras com água ou farinha para as brincadeiras que eles aprontavam no palco, nessa fase, além de entrar de graça no baile, eu também podia comer e beber de graça com os caras,essa banda éra o MUSICAL TAPE. Aos 16 anos, eu passei trampar como cacique na banda (cacique para quem nao sabe, éra o nome dado aos carinhas que ralavam montado toda a parafernália) e não éra fácil não, pois na época, a banda tava no auge, tinham um caminhão, um ônibus e 4mil quilos de equipamento e nosso trampo éra transportar tudo isso para dentro dos clubes, monta-los (eu éra responsável pela parte de iluminação), depois carregávamos tudo no caminhão de novo e já partiamos direto para outra cidade. O MUSICAL TAPE ficou muito famoso em Amparo pelos bailes de carnaval que realizava no Irapuã, e pelas noites de Revellion no clube 8, quando acabava esse baile,as 5h da manhã, montavamos os instrumentos em cima de um caminhão e saíamos tocando pelas ruas, parando na porta das casas, éra comum nos darem prendas como champgnes, vinhos, panetones, doces e tudo mais, e terminavamos sempre no azilo, onde tocavamos para os velhinhos e deichavamos lá todas as prendas arrecadadas, menos as bebidas, das quais nós nos encharcavamos ainda mais. Na região, ficou famosa a banda pelos bailinhos méla rego que produzia com muita competência.
Bom, trabalhar numa banda éra tudo que um bicho grilo como eu, na época queria, pois o trampo rolava geralmente de quinta a domingo, com rango e bebida de graça, curtia todos os bailes aonde a banda ia, vivia azarando umas gatinhas por toda região, e ainda por cima, rolava uma maconha desgraçada nas viagens.
Um cara que conheci quando trampei lá e sempre foi meu chapa (hoje que Deus o tenha) foi o Tuta, quem o conheceu também, com certeza pode confirmar, o cara era amigo, mas amigo mesmo...
Vocês devem estar perguntando aonde é que vai entrar o rock'n roll nessa história, não é...como nos trampávamos só nos fins de semana, eu passava enfiado na casa de meu primo Betão Michelazzo (que também trampou conosco na banda) toda 2ª 3ª e 4ª feiras, adivinha fazendo o quê? Sintam a paranóia, além de fumar uns baseados, nós vira e mexe, tomavamos chá de cogumelo e nos trancavámos no quarto, ficavamos sentados dentro de uma pirâmide, um de cada vez, pois não cabia dois, e colocava pra rolar, os bolachões que pegavamos escondidos de seu irmão mais velho, o Gilmar Michelazzo (que Deus o tenha também). Foi aí que eu comecei a curtir rock definitivamente, escutavamos KRAFTWERK, SUPERTRAMP, TED NUGGENT, PETER FRAMPTON, BLACK SABBATH, EMERSON LAKE AND PALMER, GENESIS, BLUE OYSTER COLT (que o sejão gosta tanto) e muito mais, a propósito, vou começar a mandar uns sons dessa época!
Trampei lá por dois anos aproximadamente, saí para ir servir o exército em Campinas, voltei, e aí comecei a peregrinação atráz de shows de rock pela região, época do Made in Brasil, época que fui hippie, mas isso não durou muito não, pois o que eu gostava mesmo de fazer sempre foi desenhar, e passei a trampar como letrista, que sou até hoje, e graças a esse contato que tive com músicos, com clubes (principalmente o Irapuã) misturados com essa gosto de desenhar, eu tive a aportunidade de decorar o clube Irapuã para o carnaval pela primeira vez, no ano de 1988 (para os nostálgicos, foi o Carnaval Brilhante 88), com esse, foram no total 13 carnavais dos quais eu tive a oportunidade de decorar, tá vendo, indiretamente olha a música aí, sempre fazendo parte da minha vida, ou seja, alguns ritmos musicais me dando lucro, outros me dando prazer, mas sempre deixando marcas e histórias para contar...
Taí uma história bem legal de se ler...
ResponderExcluirMe lembro bem do hábito do Musical Tape de fazer serenatas matinais na porta das casas. Morava perto da família Gabriel, ao lado do Liceu e um dia, enquanto percorria as ruas pedindo "Bom princípio de ano novo" me deparei com um caminhão da banda fazendo tal algazarra. Fiquei maravilhado com aquilo e gravei a cena na minha memória para sempre!
Agora... Cacique de banda foi hilário!!! hahaha
Hoje chamamos isso de roadie! Os tempos mudam hein Tony...
Belo texto Tony... Belo texto!
Certamente, Tony, uma bela história. Meu primeiro carnaval no Irapuã, à noite, mesmo não tendo idade para tanto, foi ao som do Musical Tape. Aquilo sim era Carnaval. Todo mundo curtindo, dançando, enchendo a cara de bebida e lança-perfume; rolava umas brigas, claro, mas era infinitamente melhor do que o lixo que tempos hoje em dia. O Carnaval do Irapuã acabou quando alguns "gênios" trocaram o Musical Tape por uma banda que tocava "axé". Resultado? Acabou o mais famoso carnaval de salão da região. E por falar em Rock'n'roll, lembro-me de que num dos carnavais o Rogério Zenith cantonou algumas músicas.
ResponderExcluirAmigo e irmão!
ResponderExcluirNunca tive dúvidas de como seria inebriante sua colaboração nessa Confraria! Ao lado do 'impagável' Afonso e do sumido Adilson (é claro que os não citados não tem menos importância!!)
É que algumas pessoas trazem consigo a virtude do 'registro' das coisas realmente importantes na vida. Os chamados 'detalhes'!! (aqueles frequentemente evocados pelos treinadores de futebol como atributos conhecidos; tremendos charlatões!)
Vivemos de lembranças, acreditem! Tudo em nossa atual existência tem origem em resgate de lembranças das anteriores e nos auxiliam no domínio (ou quase) das situações presentes.
A memória é um grande aliado do filósofo. Nada aflora em nossa mente que não seja: lembrança ou intuição. Como no segundo caso, depende de circuntâncias não convencionais, podemos dizer que REvivemos nossa história!
Nesse contexto, parabéns pela história experimentada!! E continue brindando-nos com o saboroso licor da saudade.
Grande abraço,
Emílio
Grande Tony... Trabalho atualmente com o Wilson Costa (Wirsão) que tocava e toca no Musical Tape e passei o link do blog para ele ler... Cara, ele deu muita risada, relembrou de muita coisa e confirmou "quase" tudo, a parte do "rolava uma maconha desgraçada nas viagens" ele disse que não sabia de nada, pelo menos não com a banda... Ele ficou que queixo caído com sua história... Vc se lembra dele, ele apenas cantava, depois assumiu a guita e toca até hoje...
ResponderExcluirConheço o betão michelazzo,a parte da maconha e do chá de cogumelo eu não sabia, já uma coisa q vc não citou ai q desde aqueles tempo até hj ele curte é um fio terra kkkkkk
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